Histórico do treinamento funcional no Brasil

No Brasil o treinamento funcional sofre uma divergência sobre sua metodologia, existe sempre uma discussão sobre o que é, e o que não é funcional. Contudo, acredito que se olharmos para as origens do treinamento
funcional, pode ser que fique mais claro. Atualmente existem métodos e meios semelhantes na forma de treinar, mas que possuem origens diferentes e por esse motivo é que existe a confusão de informações.

Como quase tudo relacionado a métodos de treinamento vem de fora, com o treinamento funcional não é diferente, e copiamos o que os americanos chamam de “functional traninig”, que não é nada além de a simples tradução de treinamento funcional, contudo ao procurar por este termo em um site de busca especifico para artigos científicos (pubmed, scielo) vemos que os o treinamento funcional é muito ligado a reabilitações, treinamentos para idosos e portadores de necessidades especiais.

No Brasil o treinamento funcional tem seu primeiro expoente o professor Luciano D´Elia, que começou o trabalho na academia Única em São Paulo no final da década de 1990. Essa academia tinha um público mais focado nas lutas e em um primeiro momento o treinamento funcional era focado a especificidade dos esportes de lutas e depois de algum tempo se expandiu para os demais alunos. E atualmente o Professor Luciano D´Elia é o lider do Core360.

Também no final da década de 1990 o método pilates se firmava com uma nova forma de atividade física. Algum tempo depois, no começo do anos 2000 surgiu uma versão metodologia chamada de ballness (apresentado no fitness Brasil pela Inélia Garcia) em que os exercícios de pilates eram aplicados utilizando a bola suíça. Nessa época também aparece a autora Colleen Graig (os livros: Pilates com bola, Abdominais com a bola e Treinamento de força com a bola).

Em 2004 é lançado o Treinamento Funcional Resistido, primeiro livro sobre o treinamento funcional escrito por autores Brasileiros. Nele os professores: Maurício de Arruda Campos e Bruno Coraucci Neto apresentam uma versão de atividade física ligada a capacidades funcionais do dia a dia e a reabilitação, fazendo muito uso dos exercícios integrados e seguindo mais a linha do que encontramos em artigos científicos.

Podemos concluir que no Brasil temos três linhas metodológicas que são chamadas de treinamento funcional uma mais voltada a especificidade esportiva, outra que vem do pilates que é focada no Power house (que no treinamento funcional chamamos de core) e por ultimo temos a visão dos exercícios integrados para melhoria das capacidades funcionais. Cabe a quem for prescrever os treinos saber qual dos três linhas de trabalho é mais adequado para as necessidades, funcionalidades e objetivos de cada aluno.

Abaixo tem um video do professor Rafael Rocomora falando um pouco da origem do treinamento funcional.

Neste outro temos a Professora Maria Claudia Vanicola também comentando sobre as origens.




Até a próxima
Treine FUNcionalmente!

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